quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SEXTA REGIÃO AVANÇA EM TODAS AS FRENTES. É TEMPO DE CRESCER


Ontem inauguramos as novas dependências do Polo de Cascadura na cidade do Rio de Janeiro, um empreendimento da Sexta Região com intuito de melhor atender aqueles que desejam se preparar a fim de responder os desafios da carreira ministerial. O campo ministerial da Sexta Região exige obreiros preparados para lidar com questões não só de cunho espiritual como também social.
Com a inauguração das instalações do Polo a casa que antes abrigava o seminário será usada para instalação da Sede da Região. No entanto as obras continuarão, pois para o pleno funcionamento da Sede Regional serão feitas modificações e ampliações visando atender as demandas da Região. Aguardem, pois em breve teremos novidades.

 Bispo Roberto e Pr. Adalberto em frente a Sede Regional
 Novas instalações do Ceforte Polo Cascadura
 Recpção Bispo Elisiário e Bispo R Amaral
 Rompendo a fita - Bispo Amaral e Pr. Feitosa
 Descerramento da Placa inaugural
 Parte do auditório presente
 Márcia Amaral canta e louva a Deus
 Bispo Jamir
 Bispo Caleb
Pr. Gerson Costa e Deputado Albertassi

sábado, 21 de julho de 2012

MEMÓRIA. MAIS QUE UM AMONTOADO DE LEMBRANÇAS



Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida,
2 Pedro 3:1

Dr. Adalto Lourenço brilhante cientista cristão costuma usar a figura do Tico e teço, dois personagens do desenho animado criados pela Disney, para ilustrar a importante ação do uso do banco de memória para formulação de novos conceitos e apreensão de novos conhecimentos. Tico e Teco dois esquilinhos espertos e rápidos se encaixam na representação da necessidade constante de se buscar informação na memória.

Em sua segunda carta à igreja dispersa, Pedro lança mão de um expediente muito comum a nós pastores que servimos ao Senhor na igreja. A expressão “despertar com lembranças” ocorre pelo menos duas vezes nesta carta, tal como vimos no verso acima e também no versículo 13 do capitulo 1. Em nossa memória(uma das funções do cérebro humano), possuímos um banco de dados extraordinário, por meio do qual podemos garantir nossa interatividade com a história do mundo ao nosso redor sem o qual diria: seria impossível construir relacionamento, amizade, companheirismo e comunhão. Assim podemos dizer: Eu faço parte da história. Neste banco de dados estão os registros das informações e experiências de toda nossa vida e do mundo com o qual interagimos por meio dos nossos 5 sentidos naturais. Mas a memória precisa ser acessada para se tornar ativa e produtiva. Este processo cognitivo é responsável pela eficiência da memória, tornando-a de fato um aliado poderosíssimo na busca pelo sucesso e realização, principalmente no mundo em que vivemos dominado por “avalanches de informações” que por si só não podem acrescentar nada à nossas vidas. Esta é a razão porque a inteligência artificial oferecida por meio de computadores, Tablets, BlekBerrouts e outros apetrechos são procurados e consumidos com tanta avidez, pois visam dar suporte à memória humana, tanto para reter  como para acessar informações. Uma das doenças mais temidas pelo ser humano é o mal de Alzheimer, provocada por uma disfunção orgânica por intermédio da qual o banco da memória torna-se danificado ou se perde totalmente.
A falta da memória produz confusão, desatino, prejuízo moral e financeiro, mas também gera ingratidão. De vez quando ouvimos dizer que o povo brasileiro é um povo sem memória, por conta da ingratidão que comete com aqueles que um dia foram tidos e aclamados como heróis. Pedro pretende que suas palavras sejam agentes para auxiliar e provocar a memória daqueles que já tinham a informação – “mentes esclarecidas”, e que por alguma razão não estavam sendo devidamente acessada.
Nosso acervo de informações e experiências em relação a vida cristã é de vital importância para um desenvolvimento saudável e um crescimento espiritual significativo.
A ceia do Senhor também tem esta finalidade: trazer à nossa memória o fato de que Cristo morreu pelos nossos pecados, ressuscitou e voltará para nos buscar. “Em memória de mim”. Isto é para lembrarem-se de mim.
Segundo a medicina a melhor maneira de conservar o bom funcionamento da memória é exercitando-a. É exatamente isto que Deus nos propõe quando nos incentiva à leitura da bíblia, a meditação e a comunhão.


Bispo Roberto Amaral

sexta-feira, 13 de julho de 2012

OLHA O TEMPO




Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e, tendo ele e todos os filhos de Israel partido de Sitim, vieram até ao Jordão e pousaram ali antes que passassem. (Josué 3:1 )
O tempo é fator decisivo para quem pretende cumprir com êxito uma missão. Em algumas situações o tempo pode ser nosso melhor aliado ou nosso pior carrasco.
Josué tem uma importante missão a cumprir. Como substituto de Moisés está a alguns passos de completar a missão de introduzir o povo de Israel na terra prometida. Quarenta anos de espera, agora restam dias e horas. Neste caso é melhor vigiar e levantar cedo para começar a caminhada. Sem dúvida esta é uma boa sugestão para quem quer vencer e não ser derrotado pelos atropelos de última hora.
Como todos sabem estamos em ano de Concílio e como o tempo passa muito rápido é bom nos adiantarmos com relação às nossas obrigações referentes ao mesmo. Estar em dia com nossos deveres além de proporcionarmos tranquilidade a nós mesmos, facilitamos o serviço do outro.
Devemos nos lembrar também, que o Concílio não é só um fórum de prestação de contas como também, é um canteiro de oportunidades. A vida de um obreiro pode sofrer mudanças radicais, por isso é preciso estar em dia com os deveres e obrigações. Lembre-se no Concílio abrem-se os livros...
Meu desejo é que neste segundo semestre sua igreja cresça, seu ministério desabroche e que seja um tempo de muitas realizações e conquistas. Mas não se esqueça do exemplo de Josué, antecipe-se aos eventos, acorde cedo e comece a fazer agora o que tem de ser feito, não deixe para depois. Amanhã pode ser tarde demais.
Abraços!
Bispo Roberto Amaral

domingo, 13 de maio de 2012

MINHA MÃE
Neste dia especial dedicado a ela, recordo com muita saudade o tempo em que a tinha no campo da minha visão, na dimensão dos meus braços, no toque da minha mão e na capacidade de minha audição. Hoje, não posso alcança-la e mesmo com tanta tecnologia disponível, não posso ouvir sua voz, sentir seus abraços a me envolver e tocar em seu rosto. Mas posso agradecer a Deus que ma deu. Posso recordar seus ensinos e conselhos e experimentar a resposta de suas orações, que, enquanto aqui, não cessava de orar por mim. Hoje me resta agradecer a Deus e recordá-la e para isso recorro a poesia de Casimiro de Abreu que mesmo ao lado de minha Mãe em minha tenra idade chorava por antecipação ao recita-la prevendo o dia em que não mais a teria ao meu lado.

MINHA MÃE!
Casimiro de Abreu
Da pátria formosa distante e saudoso,
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor:
-Minha Mãe!

Nas horas caladas das noites de estio,
Sentado sozinho, com a face na mão,
 Eu choro e soluço por quem me chamava
-"Ó filho querido do meu coração!
-Minha Mãe!

No berço pendente dos ramos floridos
Em que eu pequenino feliz dormitava:
Quem é que esse berço com todo cuidado,
Cantando cantigas, alegre, embalava?
-Minha Mãe!

De noite, alta noite, quando eu já dormia,
Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus,
Quem é que meus lábios dormentes roçava,
Qual anjo da guarda, qual sopro de Deus?
-Minha Mãe!

Feliz o bom filho que pode contente
Na casa paterna, de noite e de dia,
Sentir as carícias do anjo de amores,
Da estrela brilhante que a vida nos guia!
-Uma Mamãe!

Por isso, eu agora, na terra do exílio,
Sentado sozinho, com a face na mão,
Suspiro e soluço por quem me chamava:
-"Ó Filho querido do meu coração!"
-Minha Mãe!


quarta-feira, 28 de março de 2012

LUCRANDO COM O CONTENTAMENTO


Quanto é o suficiente para lhe deixar satisfeito? Há pessoas que vivem permanentemente insatisfeitas tudo que têm não lhes é o bastante para se sentirem satisfeitas. São como saco furado, quanto mais tem mais desejam, jamais se sentem satisfeitas e completas. Sabemos que o ministério cristão é acima de tudo uma resposta à vocação Divina. O serviço prestado à causa Santa, via de regra, não será assumido por curiosidade, oportunismo ou sensibilidade. Estes elementos podem fazer parte do processo, mas nunca será o motivo principal pelo qual uma pessoa abraça a causa de Cristo. A razão disso, a meu ver, reside em alguns fatores: Em primeiro lugar, por causa da complexidade que envolve as tarefas relacionadas ao ministério cristão, principalmente quando a importância do trabalho e seu sucesso não dependem só do fazer, mas do como fazer e  quando. Segundo, quando  consideramos que o objeto  deste trabalho é o homem com suas diferenças, Terceiro pelo fato de que temos que prestar contas nada mais nada menos que ao próprio Deus. Em quarto lugar, por conta da atemporalidade do ministério; O serviço cristão não cessa, o trabalho pastoral parece que nunca termina. As 24 horas do dia não são suficientes para a conclusão das lides ministeriais, sempre fica um tanto da tarefa para o outro dia. Em quinto lugar, devemos considerar o alto grau de renúncia e entrega que o ministério exige. Tanto a Bíblia quanto a história da Igreja comprovam isso. As tendências liberais e a influencia neopentecostal malogram ante a tentativa de expurgar da vocação ministerial ou dela desassociar a ideia de sofrimento, resignação, renúncia e martírio, na tentativa de pintá-la com as cores vivas mensuradas como que por um caleidoscópio que permite uma visão otimista baseada na possibilidade do ganho, prestígio, posição, poder e riqueza. Estes tais esqueceram-se das palavras que, inspirado pelo Espírito Santo, Paulo dirigiu a Timóteo seu discípulo: “De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.”(1 Timóteo 6:6-9 ) É um erro crasso entender que Paulo não fala de lucro financeiro, todavia devemos entender na visão de Paulo que qualquer ganho só tem sentido com o contentamento e que o ministério jamais pode se transformar numa fonte para se obter riquezas materiais como um fim em si mesmas. Porém não é de agora que descobriram a possibilidade de se ganhar vantagens e de se obter lucro financeiro com a pregação do evangelho ou com o exercício das funções ministeriais. No verso 5 deste mesmo capitulo o apóstolo denuncia a má influencia de obreiros que criam que o ministério era um meio de obter riquezas materiais. Porém Paulo explica que de fato a vida piedosa, o ministério cristão oferece lucro, um lucro chamado contentamento. Contentamento aqui é um estado de espírito corroborado com a ideia de preenchimento, satisfação, gozo e alegria indizível. Não se trata aqui de comodismo ou falta de ambição, pelo contrário. Experimenta um pouco deste prazer um artista que dá sua obra por terminada e um médico por vocação que vê seu paciente curado, é um sentimento tão nobre que preenche completamente e que faz sentir que valeu a pena.  Jesus usou uma figura bem própria para falar do prazer, fruto da missão e da vocação: A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem. (João 16:21 ) Paulo experimentou este prazer quando disse aos Filipenses: “Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus.” (Filipenses 4:18  ) Chamo sua atenção para a palavra “suprido”. Esta expressão vem do grego plerooque significa cheio até o topo, pleno, completo. Não sei quanto em suprimento os Filipenses haviam enviado a Paulo, sei que não foi o suficiente para deixá-lo materialmente rico, mas foi o suficiente para deixa-lo satisfeito. Neste sentido não importa a quantidade, o contentamento é que é o verdadeiro lucro capaz de nos fazer sentir satisfeitos em toda e qualquer situação. “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” (Filipenses 4:11-13) Precisamos entender que as recompensas materiais nunca serão o bastante se destituídas do contentamento que brota naturalmente na alma do vocacionado  e que aumenta sua identificação com seu ministério. Lamento quando vejo obreiros recorrendo à justiça dos homens em busca de seus direitos. Alguns não recorrem à justiça, mas vivem a lamentar o dinheiro que deixaram de ganhar, as dificuldades que tiveram que passar. Estes tais, creio, nunca experimentaram o prazer do contentamento, do privilégio de ser coparticipante dos sofrimentos de Cristo, de ser agente na ação transformadora do evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê ( Rm.1.16) Um obreiro nunca receberá um salário compatível com trabalho que faz, mas receberá sempre o suficiente para suprir suas necessidades. Veja o que Paulo declara em Filipenses 4.19. Por tanto o obreiro que se considera vocacionado ao ministério se destaca dos oportunistas, dos que consideram o ministério como fonte de lucro ou meio fácil de ganhar a vida pelo simples fato de que seu ganho é o contentamento, a sensação de estar suprido e completo com muito ou pouco, em toda e qualquer situação. Este obreiro você nunca o verá na roda dos lamentadores, dos rebeldes, dos revoltados, e dos que movem ações para buscar direitos adquiridos pelo serviço no altar, dividindo igrejas, tomam de assalto o rebanho e esbulhando a denominação de seus bens  dos quais os tais se julgam donos.
Vivemos dias em que uma crise sem precedente tenta colocar em cheque a vocação ministerial fazendo surgir no cenário eclesiástico o ministério por profissão, destituído de paixão, renuncia, convicção de chamado, baseado apenas no desejo de ganho material, na autossatisfação e na possibilidade de, com facilidade granjear direitos pelos quais preterem em último caso até a honra e a reputação. Em outra ocasião, Paulo exorta a Timóteo dizendo:“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.”(2 Timóteo 1:6 ) Eu nunca esquecerei o dia em que o Bispo Gessé Teixeira de Carvalho auxiliado pelos membros do Conselho Ministerial no encerramento do Concílio de 1982, portanto, há 30 anos, quando colocaram as mãos sobre minha cabeça e me consagraram ao Ministério da Palavra. Naquele dia houve um soprar sobre as brasas da minha convicção de chamado, uma poça de lágrimas se formou junto aos meus joelhos no chão daquele auditório e eu me senti um gigante pronto para os desafios do campo. O tempo passa e de vez enquanto, eu preciso renovar aquelas brasas me expondo de novo aos ventos do Espírito Santo. Minha oração é que você também possa experimentar de novo este santo renovo capaz de lhe fazer consciente de sua vocação.

segunda-feira, 5 de março de 2012

CRESCENDO EM QUALIDADE, UM DESAFIO PARA A SEXTA REGIÃO



Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva. (Salmos 84:5,6)

A condição econômica já não é o bastante para provar o desenvolvimento no contexto atual. O acumulo de riquezas em detrimento da qualidade de vida já não faz sentido, isto quer dizer que um outro tipo de inflação que nada tem a ver com fatores econômicos, ameaça as economias do mundo comprometendo seu poder de compra e barganha.  A qualidade de vida é de fato um lastro que valoriza, autentica e dá legitimidade ao crescimento econômico. O Brasil, por exemplo, emerge no cenário internacional como a Sexta maior economia, mas no que tange a qualidade de vida de sua população medido por um índice denominado IDH ( Índice de desenvolvimento humano ) que avalia a qualidade de vida no pais, considerando: saneamento básico, acesso a educação, saúde e distribuição de renda, deixa muito a desejar. Resumindo: a riqueza que não contribui com a qualidade de vida não tem valor, é como uma linda fruta, porém bichada.
Quando nos referimos a Igreja, este princípio tem o mesmo valor. O progresso da igreja sinalizado pelo crescimento numérico e econômico deve produzir qualidade na vida cristã de seus membros,  no culto e no meio social onde se encontram. É muito triste perceber que o crescimento de algumas denominações e igrejas em nada tem contribuído para o desenvolvimento espiritual e social de seus membros, os quais continuam analfabetos espiritualmente falando, detentores de um conhecimento superficial das verdades Divinas, sem acesso a água da Vida, às insondáveis riquezas de Cristo. Aqui e ali vivem esnobando suas conquistas as quais lhes permitem acumular riquezas, bens materiais e posição social em detrimento aos relacionamentos familiares, a vida altruísta e a verdadeira piedade.
A eficácia do evangelho não se limita a produzir homens Santos, mas também homens conscientes. A verdade é que todo homem verdadeiramente santificado há de ser também plenamente consciente de seus deveres e compromissos. Jesus simplificou esta verdade ao incumbir os santificados de serem sal e luz do mundo. Nesta perspectiva podemos afirmar que o evangelho não produz só avivamento, como também melhoria na qualidade de vida no contexto social. JOHN WESLEY reconhecido como instrumento de Deus para o avivamento que mudou o rumo da Inglaterra do Século XVIII e ficou conhecido como avivamento Wesleyano, disse: "O evangelho de Cristo não conhece outra religião que a social, nem outra santidade que não a social."
No contexto onde a igreja cresce e se desenvolve há de se perceber uma sensível melhoria nas condições de vida ao seu redor. As comunidades evangélicas não podem se satisfazerem em ser oásis de prosperidade em meio aos bolsões de miséria. O hinduísmo a terceira maior religião do mundo admite isso com seu sistema de casta.  Para o hindu a imagem de uma mansão ostentando requinte, luxo e abastança em meio a degradante condição humana é adequada e compreensível, para nós cristãos, não, pois em nós age o princípio transformador do evangelho de Cristo e não uma filosofia comportamental que tenta coadunar os desníveis sociais, como aquela desenvolvida na trama da cosmos visão hindu, tal como preservada em sanscrito na mística Tranta e nos Vedas, composto literário  da maior religião da Índia. Aqui na Sexta Região estamos certos de que é possível contribuir com o processo de ressocialização, de integração ou inclusão social, da melhoria de vida nas comunidades e nos centros urbanos, combatendo a marginalidade, por meio de ações que precedidas pela pregação do genuíno evangelho da Graça de Cristo, vão promovendo a transformação dos indivíduos e do ambiente onde vivem. Não poderíamos furtar a nós mesmos a oportunidade de participar das sensíveis mudanças que vem ocorrendo em muitas comunidades carentes simplesmente porque aproximadamente 40% de nossas igrejas, incluindo congregações, estão de alguma forma ligadas a elas. Em nossa curta caminhada já contabilizamos inúmeros testemunhos de transformação de vidas, de mudanças na condição social em lugares onde antes predominava a violência, o trafego  a miséria e a tirania dos marginais. Em muitos lugares só ficaram as marcas, as vezes na paisagem ao redor, as vezes na memória e na lembrança  daqueles que hoje, ainda que vivendo noutra realidade, vivem para contar o que Deus fez. Mas há muito por fazer e a igreja é como um rio que sempre corre para os desníveis, ainda que alguns tentem impedir isso, ela sempre chega naturalmente às camadas mais baixas, aos lugares que inacessíveis ao progresso, mas sempre contemplados pelo evangelho, afinal, “onde abundou o pecado superabundou a Graça”. É desta forma que os vales áridos vão sendo transformados em Jardins regados.

Bispo Roberto Amaral
Sexta Região da IMW

Obs. Tranta é o conjunto de escrituras escritas em sanscrito uma língua antiga preservada na Índia. os Vedas escrito, por volta de 1500 ac. são considerados a bíblia da religião hindu.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

APROVEITE A ONDA

Pegar umas ondas nestes dias de verão com a família em alguma de nossas belas praias, até que é uma boa pedida, não? Há alguns anos, quando meus garotos eram pequenos, gozamos de alguns inesquecíveis dias de férias nas praias do litoral paulista, em casas cedidas pelos irmãos da igreja. Sou grato a Deus principalmente pela vida do casal Zé Martinho e Cinira que todo ano nos cedia sua casa em Itanhaém, era muito bom. Porém, independente de se estar no litoral ou não, estamos todos diante de uma onda e tanto. A onda inspirada no imaginário popular e promovida pela mídia cria um movimento que mexe com todos nós, e é assim em todo início de ano, a febre do recomeço, da elaboração de metas e projetos, das promessas e dos propósitos. Neste contexto a onda com certeza vai te atingir direta ou indiretamente, então minha palavra para você é: Aproveite a onda.
“Alavancagem” é um processo denominado pelos gestores que visa utilizar-se de uma medida administrativa para gerar crescimento, maior produtividade e consequentemente mais lucro para seus negócios. O processo é baseado na célebre frase de Arquimedes (287 a 212 AC) : “Dê-me um ponto de apoio e moverei o mundo” Aproveite este momento para uma bela arrancada a fim de obter um crescimento vertiginoso em seu ministério, vida pessoal e familiar. Lembrando que é tempo de crescer e crescer em todas as áreas e aspectos da vida. Assim aproveite a oportunidade para:
1)    Reavaliar sua vida devocional e retomar os momentos de oração e meditação na Palavra.
2)    Reorganizar sua vida ministerial e familiar. Lembre-se que o altar deve estar em ordem para que o fogo caia.
3)    Retome as leituras.
4)    Volte aos estudos.
5)    Invista em sua saúde e de sua família – Vamos fazer aqueles exames, tratamento, implantes, etc.
6)     Programe aquela tão sonhada viagem e estabeleça a meta para aquisição de sua casa. Aquele imóvel pode ser seu, porque não?
Se o ano vai ser bom ou não, este não é o caso, o que determina a qualidade do ano é a tua condição. Assim o importante é que você seja bom. Servo bom e fiel, bom administrador, bom pai, bom esposo, bom pastor... e vai por ai a fora. O SENHOR firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; (Salmos 37:23 ) Ah! Mas não há ninguém bom o suficiente, nem moralmente e nem tão pouco eficientemente, você pode dizer. Em certo sentido é verdade, mas lembre-se que a bondade aqui evocada é aquela que é avaliada pelo nosso bondoso Pai celestial que é sabedor de nossas intenções, e sempre recompensa nosso esforço. Aproveite a onda.
Bispo Roberto Amaral